"Animais são criaturas, não propriedade humana, nem utensílios, nem recursos ou bens, mas sim preciosos seres na visão de Deus...
Rev. Andrew Linzey

21 de outubro de 2012

Caçador que mantinha cães em situação deplorável é multado e proibido de tutelar animais

A Prefeitura de Montcada i Reixac, na Espanha, e o Conselho de Agricultura impuseram três multas com um valor total de 19 mil euros a um caçador que mantinha presos, em condições deploráveis, trinta cães em um sítio desse município. No local também foram encontrados os restos de outros 23 cães, a maioria dele
s enterrados, ainda que um dos cadáveres correspondesse a um animal que tinha falecido envenenado poucas horas antes. As informações são do jornal el Peródico.
Na resolução, Agricultura também proíbe Faustino L. P. de tutelar animais durante um período de cinco anos por maltratar ou agredir fisicamente os animais, mantê-los sem a alimentação necessária e em instalações inadequadas desde o ponto de vista higiênico e sanitário e por não prestar o atendimento veterinário necessário.
Os fatos se remontam a dezembro de 2011, quando a Fundação Altarriba e DAR Animal Rescue documentaram a presença de 33 cães em péssimas condições em um sítio em Montcada. Os animais foram apreendidos dias depois pelos Agentes Rurais da Generalitat.

Um inferno
“O que vimos ali era um inferno de sujeira, água podre, jaulas e excrementos”, explica Karin Pielanen, da DAR Animal Rescue, que interveio na apreensão. “Aqueles animais estavam suplicando por suas vidas. Dias antes tinha visto um amarrado com parte das vísceras pra fora e outro que lambia minha mão através das grades. No dia da apreensão encontrei o cadáver desse animal jogado na lixeira, com uma ferida horrível na pata”. Segundo a necropsia, morreu por ingestão de um produto químico utilizado na agricultura.
Yolanda Valbuena, responsável da área jurídica da Fundação Altarriba, dedicada à proteção dos animais, explicou que esta é a pena econômica mais elevada que já foi imposta na Catalunha por um caso semelhante.

Más práticas
A especialista jurídica denuncia que há alguns caçadores que mantêm seus cães “em buracos miseráveis, imundos, com feridas sem curar e infectadas. Utilizam os cães para seu “hobby” particular, mas querendo economizar com veterinários e alimentação. Eles são mantidos amarrados ao longo de toda a semana, salvo nos dias de caça em que os lançam contra um javali. No resto dos dias e meses do ano, os animais morrem de sofrimento e dor, amarrados o dia todo ou presos em diminutas jaulas”, acrescenta.
Valbuena afirma que as protetoras de animais se deparam frequentemente com situações como esta, nas quais têm que se encarregar de um grande número de animais maltratados e tentar encontrar um novo lar. “É vital que a sociedade nos ajude, porque sozinhos não podemos. Nós protetoras nos encarregamos da parte mais dura, mas necessitamos de apoio para continuar”, acrescenta.

FONTE: ANDA - Por Sueli Fontes (da Redação)
Foto: Animal Rescue

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