"Animais são criaturas, não propriedade humana, nem utensílios, nem recursos ou bens, mas sim preciosos seres na visão de Deus...
Rev. Andrew Linzey

14 de setembro de 2012

Cavalo que foi baleado pelo tutor em Maringá (PR) pode ser sacrificado.

O cavalo “Asa Branca”, que foi baleado pelo próprio tutor no último domingo (9) em Maringá, pode ser sacrificado. Ele está internado no Hospital Ve
terinário do Cesumar desde segunda-feira (10). Segundo o veterinário responsável, o animal sofreu uma fratura no osso da pata dianteira (úmero), quadro de difícil recuperação em equinos.
“Não podemos afirmar que a fratura foi causada pelo disparo. O caso é que o animal está sentindo muita dor. Acho desumano deixá-lo passar por esse sofrimento. Se ele não apresentar melhora em 72 horas, há possibilidade de eutanásia”, fala o veterinário do Cesumar Antônio Matos Neto, doutor clínico e cirúrgico de animais de grande porte.
O veterinário diz que o cavalo não aceita ficar deitado, com uma pata paralisada, por três meses, tempo suficiente para recuperação do osso. “Nós o imobilizamos, mas sabemos que essas situações são difíceis. Eles não aceitam suporte, muleta ou qualquer tipo de aparelho de suspensão”, ressalta Neto.
O veterinário explica que o animal geralmente distribui cerca de 400 quilos de seu peso sobre as quatro patas. Quando uma delas é fraturada, ele se apoia sobre as outras três, e por conta disso, os membros que estão sãos acabam se danificando em razão da sobrecarga. “É triste, mas em caso de fraturas em patas, geralmente recomendamos a eutanásia nos animais. Assim evitamos sofrimentos, uma vez que ele está visivelmente sentindo muita dor”, fala.

Tiro
O projétil que atingiu o cavalo não foi localizado. Conforme o veterinário do hospital, o aparelho de raio-X não consegue penetrar no abdômen e tórax do cavalo, pois este possui o corpo muito denso. O tiro, no entanto, não é o que está colocando a vida de Asa Branca em risco, e sim sua fratura no osso.

Caso
O homem que baleou Asa Branca estava com o filho, de 10 anos, na garupa, quando deu um tiro de pistola 9 mm no cavalo. Amarildo Marcos Anastácio, 40 anos, usava o animal para trabalhar, recolhendo recicláveis. Ele estava embriagado e alegou ter disparado acidentalmente. Testemunhas, no entanto, alegam que tenha sido proposital, uma vez que ele teria feito outros disparos aleatoriamente. Anastácio está preso por porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo e maus-tratos a animais.

Fonte: odiario.com
 

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