O Brasil chora a morte de um "guerreiro de quatro patas" que morreu ontem durante uma ação de salvamento.
Relembrando um pouco deste herói:
Cão neto de 'Ice' treina para auxiliar resgates dos bombeiros em Lages
Barney será o primeiro cachorro do Corpo de Bombeiros da cidade serrana.
Ele auxiliará em resgates de vítimas, assim como o avô mais 'famoso'.
Barney, como todo Labrador, é um cão ágil que adora brincar. Aos nove meses, ele está sendo treinado para ser o primeiro cachorro do Corpo de Bombeiros de Lages, no Sul de Santa Catarina. O animal auxiliará em buscas e resgates, assim como o avô, Ice, o cão do Corpo de Bombeiros de Itajaí, no Vale, que auxiliou nas buscas da tragédia de Mariana (MG) e deve atuar como salva-vidas nas praias catarinenses.
Desde que nasceu, Barney está sob os cuidados de um treinador da corporação, como mostrou o Jornal do Almoço. “Esse vínculo é muito importante para o cão, pois a primeira 'vítima' que ele buscará sou eu, o condutor dele. Depois, a gente passa a universalizar as vítimas, para que ele goste do ser humano”, explicou o bombeiro Luciano Rangel.
Barney é treinado em Lages pelos bombeiros (Foto: Reprodução RBS TV)
O treinamento é feito em meio a brincadeiras, em uma espécie de esconde-esconde, para que o animal emita sinais de que encontrou o que buscava. “Quando ele late indica a vítima para nós ou pede o brinquedo”, disse Rangel.
Na terra e na água
O cão é treinado para trabalhar tanto na terra quanto na água. “Ele deve atuar também na busca subaquática de pessoas desaparecidas, vivas ou em óbito. Nós temos uma incidência muito grande na área de Lages de óbitos de vítimas em água doce. Esse cão, após o treinamento, pode também identificar o local onde esteja essa vítima submersa”, relatou o tenente Ivonilson Varela Duarte.
O cão é treinado para trabalhar tanto na terra quanto na água. “Ele deve atuar também na busca subaquática de pessoas desaparecidas, vivas ou em óbito. Nós temos uma incidência muito grande na área de Lages de óbitos de vítimas em água doce. Esse cão, após o treinamento, pode também identificar o local onde esteja essa vítima submersa”, relatou o tenente Ivonilson Varela Duarte.
“Vamos apresentar situações de chuva, frio, raio, sujeira, para que ele não altere o comportamento quando se deparar com essas condições”, disse o treinador Rangel.
Ice é avô de Barney e trabalha no Corpo de Bombeiros de Itajaí (Foto: Reprodução RBS TV)
Família de heróis
Além do avô Ice, salva-vidas nas praias de Santa Catarina, Barney tem quatro irmãos, que também estão sendo treinados para orientar os bombeiros em missões de resgate. “O cão tem o olfato muito aguçado, então, com ele, vamos diminuir o tempo de resposta. Ele deve auxiliar em situações como vários dias de trabalho em uma busca”, explicou o tenente Ivonilson.
Segundo os bombeiros, o treinamento vai até 2017. Só depois é que Barney poderá atuar em ocorrências.
Barney atuará na terra e na água (Foto: Reprodução RBS TV)
Além do avô Ice, salva-vidas nas praias de Santa Catarina, Barney tem quatro irmãos, que também estão sendo treinados para orientar os bombeiros em missões de resgate. “O cão tem o olfato muito aguçado, então, com ele, vamos diminuir o tempo de resposta. Ele deve auxiliar em situações como vários dias de trabalho em uma busca”, explicou o tenente Ivonilson.
Fonte:http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2016/08/cao-neto-de-ice-treina-para-auxiliar-resgates-dos-bombeiros-em-lages-sc.html
Barney é o mais novo cão operacional de busca e resgate dos Bombeiros de SC
A partir das provas de certificação, realizadas nesta semana em Tijucas, o Corpo de Bombeiros Militar passa a ter nove cães operacionais no total. Outros nove cães seguem em treinamento para obter a certificação.
Barney é o mais novos parceiro do Corpo de Bombeiros Militar nas operações de busca e resgate de pessoas ou vítimas desaparecidas. Conduzido pelo Soldado BM Luciano Rangel, de Lages, ele passou em todas as provas e recebeu, pela primeira vez, a certificação estadual para iniciar as atividades junto de seu condutor, nas operações de Bombeiros. A partir das provas de certificação, realizadas nesta semana em Tijucas, o Corpo de Bombeiros Militar passa a ter nove cães operacionais no total. Outros nove cães
seguem em treinamento para obter a certificação.
As provas de certificação desta semana aconteceram em Tijucas, entre os dias 12 e 14 de setembro, paralelamente ao treinamento dos cadetes do Centro de Ensino Bombeiro, na disciplina de TRON- Treinamento Operacional em Desastres Naturais. Para obter a certificação, os cães precisam passar pelas provas de busca e obediência. Nas provas de obediência, que aconteceram na última terça-feira (12/09), além de passarem por obstáculos, os cães precisam atender a comandos específicos de seus condutores, demonstrando destreza e obediência. Já nas provas de buscas, que foram divididas em duas, os cães precisavam localizar uma vítima em meio aos escombros, de uma simulação de acidente aéreo, durante a noite em mata fechada. Na outra prova, eram duas vítimas que precisavam ser localizadas pelos cães, durante o dia, também em meio a escombros e vegetação densa.
No local da realização das provas de buscas, foram gerados alguns focos de fumaça, que tanto, simulavam uma situação de queda de uma aeronave, como também serviam para testar o faro canino, que não pode ser alterado por odores diferentes aos da vítima, no ambiente de buscas.
Apesar de eficiente, a inclusão de cães como ferramenta operacional dentro da instituição requer muita dedicação e longo preparo. Prova disso é o binômio (nome técnico dado à dupla formada pelo cão e seu condutor), Rangel e Barney, os primeiros a serem avaliados nas provas realizadas na manhã desta quinta-feira (14/09). Rangel está com Barney há quase dois, mas há três fez o curso de cinotecnia e vem aprimorando o conhecimento no assunto.
Desempenho na prova de certificação
Ao ser chamado para a prova, Rangel estabelece visualmente o trajeto a ser vasculhado pelo cão. Ele orienta Barney e o solta para as buscas. O desafio é achar duas vítimas em uma área de 30 mil metros quadrados em meia hora. Há exatos 5 minutos e 55 segundos depois, os latidos de Barney indicam que ele localizou o primeiro objetivo. A segunda vítima foi mais difícil. O cão levou cerca de 26 minutos para localizá-la, mas obteve êxito na prova e receberá a certificação.
No fim da prova, ao receber a avaliação dos técnicos, o Soldado Rangel disse que mudou a estratégia um pouco antes do cão chegar à última vítima. “Eu o chamei, dei água e disse que confiava nele. Três minutos depois, Barney deu os latidos. Eu senti que precisava acalmá-lo. Ele é tão ansioso quanto eu”, disse Rangel ao findar da prova.
A parceria entre cão e Bombeiro é estreita e começa desde o nascimento do cachorro, que convive com o condutor em casa e com sua família. Rangel, depois de muito empenho se disse feliz com o primeiro resultado de Barney, pois receber a certificação do cachorro é o primeiro degrau para atuar de maneira profissional e eficiente dentro do Corpo de Bombeiros Militar. “Barney já faz parte da minha família. Estou muito feliz que enfim conseguimos a primeira certificação”, comemora.
Todas as provas são acompanhadas pela equipe de cinotecnia e por dois médicos veterinários da instituição. A soldado BM Andreza de Amorim Moraes é médica veterinária e acompanha atenta a todos os passos dos cães durante as provas. A atuação dela é zelar pela saúde dos animais e pela boa atuação dos binômios. “Antes de iniciar as provas, nós pesamos os cães e fizemos uma inspeção geral do estado sanitário e de saúde dos animais. Os condutores precisam apresentar as carteiras de vacinação dos cachorros com todas as vacinas em dia. Também temos uma bolsa de primeiros socorros pronta, caso o cachorro se machuque e precisamos fazer algum curativo ou intervenção” explica.
A inclusão de cães como ferramenta operacional dentro do Corpo de Bombeiros Militar é um projeto que iniciou em Xanxerê em 2003. Mas passou a ser aprimorado depois do desastre climático de 2008, quando os cães mostraram efetividade na localização de inúmeros cadáveres vítimas de deslizamentos na região do Morro do Baú. De lá para cá, estamos melhorando e procurando abranger mais Batalhões com a inclusão de mais cães, explica o Major BM Walter Parizotto, coordenador da Força-Tarefa de Cães do CBMSC. Ele diz que as provas de certificação estaduais, promovidas pela instituição são anuais e tem validade para dois anos. “Há níveis, Estadual, Nacional e Internacional de certificação. Tudo depende do empenho e do preparo do binômio para a atuação profissional. Mas hoje, todos os nossos cães em operação no CBMSC são certificados. É o que nos confere a qualidade da ferramente empregada,” garante Parizotto.
Conheça Barney, o cão-bombeiro de Lages
Nos intervalos de cada treinamento, Barney tem todas as características de um cão brincalhão, dócil e amigo.