"Animais são criaturas, não propriedade humana, nem utensílios, nem recursos ou bens, mas sim preciosos seres na visão de Deus...
Rev. Andrew Linzey

14 de maio de 2013


Rinoceronte negro ocidental é declarado extinto

Ambientalistas dizem que tráfico de chifres também está causando o desaparecimento de outras espécies de rinoceronte


Getty Images
Rinoceronte negro em zoológico na Inglaterra: subespécie de rinoceronte negro ocidental está extinta
O rinoceronte negro ocidental (Diceros bicornis longipes), subespécie que tinha como habitat Camarões na África ocidental, foi declarado extinto oficialmente. A notícia foi dada na atualização da Lista Vermelha da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, da sigla em inglês), que cataloga e classifica as espécies em risco de extinção. De acordo com a organização, apesar dos esforços dos programas de conservação 25% das espécies de mamíferos correm risco de extinção.
As subespécies de rinoceronte branco na África Central (Ceratotherium simum cottoni) foi classificada como possivelmente extinta na natureza. O rinoceronte javanês (Rhinoceros sondaicus) também está quase desaparecendo, as subespécies Rhinoceros sondaicus annamiticus, rinoceronte javanês que habitava o Vietnã, está provavelmente extinta, desde que o último animal que se tinha conhecimento foi caçado no Vietnã, em 2010. A espécie de rinoceronte javanês só não foi declarada extinta, pois ainda existe uma pequena população em declínio desta espécie em Java
.Em comunicado, a (IUCN), afirma que a falta de apoio político para os esforços de conservação nos habitats de muitos rinocerontes.O animal é vítima da caça ilegal motivada pela demanda de seus chifres, que supostamente apresentam propriedades terapêuticas no tratamento do câncer, embora isso não seja comprovado, além de não serem mais utilizados formalmente na medicina tradicional chinesa.
O presidente da Comissão de Sobrevivência de Espécies da IUCN, Simon Stuart, afirmou que o caso dos rinocerontes negro ocidental e branco do norte poderia ter sido muito diferente se as medidas de conservação sugeridas tivessem sido aplicadas.

Madagáscar
 
De acordo com a lista vermelha da IUNC, Um novo desafio de conservação surgiu em Madagáscar, onde 40% de répteis - um componente importante da biodiversidade, principalmente nas ilhas e terras secas - correm perigo.
Camaleões, lagartixas, cobras-de-pernas e serpentes também estão sob ameaça, mas a IUNC expressa certo otimismo no caso destes, já que as autoridades de Madagáscar criaram novas áreas de conservação, que contribuirão para a sobrevivência de espécies que já apresentam estado crítico, como o camaleão Tarzan.
No meio marinho, o perigo é tão grande como em terra firme. As últimas avaliações das espécies de escombrídeos (atuns, bonitos, cavalas e cavalas espanholas) e de peixes de bico (espada e agulha) mostram que a situação é grave para os atuns.
Das oito espécies de atum, cinco aparecem na categoria de espécie ameaçada ou quase ameaçada da "lista vermelha" da IUNC. Em perigo, estão o atum vermelho do sul e o atum-de-olho-grande, e em perigo crítico, o atum vermelho do Atlântico.
O atum amarelo é considerado vulnerável e o atum branco está sob a classificação de "quase ameaçado".
A entidade defensora dos animais espera que esta nova informação estimule os Governos a tomar decisões que protejam o futuro dessas espécies, muitas das quais possuem alto valor econômico.
Boas notícias 
No entanto, nem tudo são más notícias, já que a "lista vermelha" também apresenta exemplos de espécies recuperadas graças a esforços realizados neste sentido.
Uma subespécie do rinoceronte branco passou de uma população de menos de 100 exemplares, no final do século XIX, a uma população selvagem de mais de 20 mil. O cavalo-de-przewalski (cavalo selvagem da Mongólia) é outra história bem-sucedida, após ter passado do estado de "perigo crítico" para o de "perigo".
Em 1996, essa espécie era considerada extinta em estado silvestre, mas um programa de criação em cativeiro e de reintrodução ao meio natural permitiu que agora haja mais de 300 desses cavalos.
Muitas espécies de plantas também são vítimas do interesse comercial, como a Taxus contorta, utilizada para a produção do medicamento Taxol, destinado ao tratamento de quimioterapia. Ela passou do estado "vulnerável" para o de "perigo" por sua superexploração em uso medicinal, embora também seja usado para lenha e forragem.
Outro caso é o do "coco-do-mar", ao qual se atribuem propriedades afrodisíacas e que também está em perigo pelos incêndios e pela poda ilegal para extrair seus grãos. Embora atualmente a coleta e a venda dessas sementes sejam regulamentadas, acredita-se que exista um grande mercado negro dos grãos.

(Com informações da EFE)

5 de maio de 2013


Frango Mike viveu 18 meses sem ter cabeça

Mesmo levando uma vida penosa, ele nunca deu um pio para reclamar de sua condição
mike-mDivulgação / miketheheadlesschicken.org
Ter duas cabeças não é nenhum bicho de sete cabeças!
Melhor não ter cabeça nenhuma do que ter uma cheia de titica

Era uma manhã como outra qualquer, no dia 10 de setembro de 1945, quando Clara Olsen viu aquele frango gorducho ciscando em seu terreiro, em Fruita, Colorado (EUA), e decidiu que ele iria para a panela.

Ela apontou para vítima e deu ordem a seu marido, Lloyd Olsen, que levasse a tarefa a cabo. Lloyd sabia que sua sogra viria jantar com eles na noite seguinte e sabia também que a velha adorava chupar ossinhos de pescoço de frango.
Por isso, quando colocou o bicho sobre um tronco, posicionou seu machado de modo que, ao decepá-lo, restaria uma porção bem generosa de pescoço para cozinhar.
O carrasco ainda não imaginava que surpresas o frango lhe reservava, mas não queria decepcionar a mãe de Clara.
- Era importante puxar o saco da sua sogra nos anos 40 do mesmo modo que é hoje.
Assim sendo, ele desferiu a machadada fatal e desencanou do frango que, aparentemente, voltou ao seu trabalho galináceo de ciscar pelo terreiro da fazenda – não importando o fato de não ter mais cabeça para isso.
Na manhã seguinte, para total espanto dos Olsen, o frango – apesar de um pouco desorientado – continuava vivo e abrigava sua cabeça debaixo da asa. Os Olsen então decidiram que, se Mike – eles deram este nome ao frango – estava tão decidido a viver, eles teriam que arrumar um meio de alimentá-lo. Isso era feito com um conta gotas contendo água e grãos cuidadosamente moídos.   
Depois de uma semana, Lloyd levou Mike em uma viagem de 400 km, rumo à Universidade de Utah, em Salt Lake City. Os cientistas mais céticos que haviam por lá estavam ansiosos para saber como é que Mike havia sobrevivido. Examinando o frango, eles descobriram que a culpada era a sogra de Lloyd e seu gosto por pescoço.
Por causa disso, Lloyd deu a machadada tão perto da cabeça que a base do cérebro de Mike permaneceu intacta e a lâmina não chegou nem a cortar a jugular – o que teria matado o frango em segundos.  Lloyd foi tão incompetente com o machado que deixou Mike com um dos ouvidos intocados e, como as funções básicas que um frango necessita para controlar seus movimentos ficam na base do cérebro, Mike conseguiu permanecer saudável por um bom tempo. 
Nos 18 meses que permaneceu vivo, Mike, que pesava pouco mais de 1 kg quando tinha cabeça, terminou seus dias pesando 3,5 kg. 
Seus donos também engordaram suas contas bancárias levando o frango descabeçado para outras cidades em que pessoas pagavam 25 centavos só para vê-lo. Mike – o “Frango Maravilha”, como foi chamado pelas revistas Life e Times – morreu em uma dessas viagens quando, aparentemente, engasgou e nem Clara nem Lloyd conseguiram alcançar o conta gotas a tempo para limpar seu esôfago. 

Se o frango morreu, a memória permaneceu. Até hoje, os habitantes da cidade de Fruita fazem reuniões anuais e lembram a história de Mike, não tanto por ele não ter cabeça e mais pela sua exemplar vontade de viver.
A memória de Mike – o Frango Maravilha – é celebrada anualmente em todo terceiro fim de semana do mês de maio.