"Animais são criaturas, não propriedade humana, nem utensílios, nem recursos ou bens, mas sim preciosos seres na visão de Deus...
Rev. Andrew Linzey

21 de outubro de 2012

Protetores de animais protestam em frente a pet shop no Rio.

Movimento organizado pela web reúne mais de 60 pessoas no subúrbio.
Eles pediram a prisão dos donos da loja onde bichos era maltratados.
Protesto contra maus tratos aos animais na porta do pet shop Quatro Patas (Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1)
Com cartazes pedindo justiça, mais de 60 pessoas convocadas por uma rede social fizeram um protesto na manhã deste sábado (20), em frente à pet shop Quatro Patas, na Rua Pernambuco, no Engenho de Dentro, no subúrbio do Rio. Imagens gravadas há cinco meses flagraram o filho da dona da loja, Daniel Barroso, maltratando animais com socos, pancadas e empurrões, durante o banho. Os manifestantes pediram também a prisão de Daniel.
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Sob os gritos de "Animal não é briquedo; sente sede, fome, frio e medo", eles seguiram em passeata por um quarteirão até a porta da casa da dona do pet shop, Solange Barroso, na Rua Daniel Carneiro. E deixaram pregados no portão da vila os cartazes pedindo punição para quem maltrata animais. A casa, segundo vizinhos, está fechada.
"Lutamos pela vida dos animais. Queremos que ela perca qualquer vínculo com este tipo de serviço", disse o protetor Brenno Leal, organizador do movimento.
Dona da cadela vira-lata "Pink", que nas imagens da denúncia tem o focinho amarrado com violência durante o banho, a professora particular Ana Paula Siqueira, disse que ficou perplexa com a denúncia. Ela ganhou o animal de Solange, quando ela ainda estava com 40 dias de vida.
"Há dois anos levava a "Pink" para tomar banho, tosar o pelo e cortar unhas no pet shop. Fiquei chocada quando soube dos maus tratos e sem saber o que fazer quando vi minha cadela sendo amarrada daquele jeito. Ela é dócil. Desde que ela nasceu é cuidada com a Solange, então fica difícil saber se ela é agitada de natureza ou por causa do trabamento agressivo que recebia. Até agora, é difícil acreditar que isso acontecia", disse Ana Paula, que registrou queixa na 26ª DP (Todos os Santos) contra Daniel pelas agressões ao animal.
Logo no início do protesto, na porta da loja, a PM chegou a ser chamada pelos proprietários do imóvel. João Batista e Regina Costa temiam que os manifestantes danificassem seu patrimônio. Mas tudo foi rapidamente esclarecido e não houve incidentes.
"Não sou contra o protesto. Ao contrário, também trazia meu cachorro aqui e estou tão revoltada quanto qualquer outra pessoa. Mas temo pelo meu patrimônio. Levamos muito tempo para construir esse espaço e não queremos que ele seja destruído", disse Regina, que aguarda na justiça a permissão para entrar no prédio e esvaziá-lo. "Não queremos mais nada de pet shop por aqui".
Mais três denúncias de maus tratos ocorridas no Quatro Patas foram recebidas neste sábado, como informou o RJTV. A loja já está fechada e a polícia investiga as denúncias. Num dos casos, ocorrido em 2010, um cachorro levado para tomar banho teve a mandíbula quebrada. A justificativa dada à dona do cão é que ele tinha quebrado a guia e, ao fugir, acabou atropelado.
A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Vereadores do Rio vai pedir a cassação definitiva do alvará de funcionamento da pet shop do Engenho de Dentro, onde foram mostradas cenas fortes de agressão a animais. Segundo o Conselho de Veterinária, ainda não foi encontrado o registro da pet shop Quatro Patas, o que torna clandestino o estabelecimento localizado no Engenho de Dentro.
Donos de animais protestam com cartazes pedindo justiça, em frente à casa da dona da loja
fONTE:G1

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