"Animais são criaturas, não propriedade humana, nem utensílios, nem recursos ou bens, mas sim preciosos seres na visão de Deus...
Rev. Andrew Linzey

16 de janeiro de 2011

RELATOS DE UMA PROTETORA DE ANIMAIS DE TERESÓPOLIS


DESTAQUEI PARTES DOS RELATOS SOBRE OS ANIMAIS,SE DESEJAR LER O RELATO SOBRE TODA A SITUAÇÃO DO DESESPERO QUE ESTÁ SENDO ESTE INICIO DE ANO EM TERESÓPOLIS  NAS CIDADES ATINGIDAS PELAS ÁGUAS E DESMORONAMENTOS É SÓ CLICAR EM MAIS INFORMAÇÕES ABAIXO:
PRIMEIRO RELATO DA SEMANA:
 A primeira melhor ajuda que cada um poderá dar é adotar os cães das protetoras deTeresópolis, para que possamos abrir espaço para os que teremos que resgatar.
Nem todas as protetoras do estado dariam conta do sofrimento que sei que não vou conseguir
descrever para vocês.
A segunda ajuda será certamente financeira, porque estes cães estão paralíticos,fraturados, sendo comidos por bicheiras dos ferimentos e começando a ser apedrejados
pela população com medo de doenças ao vê-los em estado desesperador e começando a se atacar entre eles por fome.
Vagam pelas ruas em desamparo sem socorro.

SEGUNDO RELATO NESTE DOMINGO:
Hoje estão subindo, a pedido da minha amiga (...), um grupo de cães
farejadores para ajudar nos resgates dos soterrados, Daqui a alguns dias eu escrevo tudo o que sei sobre estes resgates, aprendido com minha querida amiga (...), lá no Texas, cujo golden retriever foi treinado para isto no Texas.
Alguém cedeu um galpão na cidade onde já estavam até ontem 68 cães resgatados,
muitos por voluntários do Rio, que vieram ajudar em resgates impossíveis para nós
protetoras, como cães de guarda treinados que, mais do que nunca, defendem os
territórios que sobraram de seus terrenos levados pelas águas. 
Ou pitbulls, em muitos casos, desesperados como gatinhos dóceis de tanto pavor e fome, presos em correntes ainda.
Cães e gatos já começam a comer os cadáveres, que fazer? 
Quando são resgatados vomitam nos carros odores inimagináveis de carme em putrefação.
Meu pedido de hoje?
Que se lembrem que estamos nos nossos "15 minutos de lama", mas que isto vai passar e, como em todas as outras tragédias, a memória vai esvanecer e o coração se acostumar a estas emoções. 
Mas que nos abrigos os cães continuarão a ter que ser alimentados por meses a fio, e talvez para sempre. 
Alguns são idosos, outros paralíticos e muitos deles não encontrarão novos donos. Alguns, se vê claramente, tinham bons donos, estão até beeeem gordinhos, mas muito provavelmente estes donos morreram. Muitos deles tentando salvar seus animais. Muitos animais morreram não querendo sair de perto de seus donos em desespero.

EU TENHO ÉTICA!
FONTE:
http://ogritodobicho.blogspot.com/
----- Original Message -----
From: Luiza Pinheiro
To: falabicho
Sent: Sunday, January 16, 2011 12:57 PM
Subject: Teresópolis - 5º dia
Teresópolis - 5º dia
São apenas 5 dias e já parece um ano ou mais.




É fácil ficar sem luz, sem telefone, já que os celulares funcionam.

Água é mais difícil porque panos de chão para limpeza não podem ser lavados com a
mesma rapidez, então, os que qurerem doar já sabem o que incluir na lista. A Lidia
Bastos lembrou de adoçantes e produtos afins porque existem muitos diabéticos e
idosos com glicose alta.
A vida continua sendo possível sem geladeira, sem televisão, sem telefone, sem
computador, mas nunca sem celular!!!!!
A vida nas cavernas é perfeitamente possível, gente. Me programei para acordar na
primeira claridade da manhã, ou "escuridade" ainda e, ao final do dia já estou tão
cansada de andar na lama que leio o jornal, à luz de uma única vela para economizar, e
embalo o sono ouvindo no rádio, só nesta hora, as notícias das rádios locais, com as
minhas últimas pilhas.
Mas a Dudu já veio ontem do Rio com pilhas e velas para me entregar hoje. Nossa
Senhora das Velas e Nossa Senhora das Pilhas, a Dudu!
Apesar de há cinco dias eu não ter feito nenhuma refeição daquelas que se pode chamar
de refeição, e não vejo ainda o dia em que isto vá acontecer. Quem quer cozinhar numa
situação destas? Como nas cavernas,..
Muito rápido a gente se reacostuma e, numa caverna o chão não precisaria ser limpo a
cada pegada de lama.
Banho frio é a pior parte, brrrr... odeio água fria (de boca fenhada, caso a água da caixa
já esteja contaminada) e o sabão não sai do corpo facilmente.
A vinda para cá é totalmente segura, quem sobe a serra relata que não dá para acreditar
que aconteceu qualquer coisinha. Foi afetada apenas uma faixa da cidade, que se
estende até a área rural e na direção dos outros municípios.
Garanto a vocês que a vinda é segura.
Quem quiser doar material o endereço é Rua Caramuru, 200, no bairro do Meudon.
E a cidade está fortemente policiada, CORE BOPE, Polívia Especial, Civil, Militar,
Rambo, Homem Aranha, Schwarzenegger, X-Men, todos por aqui. Também tem alguns
vampiros crepusculares saqueando as residências, mas meus fiéis cães ficam tomando
conta da casa enquanto escrevo para vocês. São de confiança e nunca é preciso duvidar
deles!
Hoje estão subindo, a pedido da minha amiga Vivian Rocha Maia, um grupo de cães
farejadores para ajudar nos resgates dos soterrados, Daqui a alguns dias eu escrevo tudo o que sei sobre estes resgates, aprendido com minha querida amiga Bia Hermanny, lá no Texas, cujo golden retriever foi treinado para isto no Texas.
Mas as coisas estão melhorando perto de mim, agora já ando com lama penas nos
tornozelos e não nos joelhos. Venho ao supermercado e à lanhouse a pé ou, quase
sempre, de carona de pessoas que passam os dias para lá, levando os que estão
caminhando, e para cá trazendo os que caminham em sentido contrário.Todos já devem estar cheios de puvir os agradecimentos, de tanto que á emocionante a ajuda de todos os lados, inclusive a de vocês, que doam, telefonam, escrevem, se oferecem para subir  serra para colocar a mão na massa, na lama. Vocês ão o máximo, tenham a certeza.

Quem resgata pessoas noa morros se enterra até a cintura (e cada passo é um esforço
sobrehumano para puxar a perna que a lama insiste em chupar - nunca se imaginou que caminhar pudesse ser tão cansativo)) e improvisa caminhos por cima da lama com
galhos, gravetos e folhas para não afundar e retirar os doentes, às vezes obesos, em
macas mais improvisadas ainda.
Alguém cedeu um gal´~ao na cidade onde já estavam até ontem 68 cães resgatados,
muitos por voluntários do Rio, que vieram ajudar em resgates impossíveis para nós
protetoras, como cães de guarda treinados que, mais do que nunca, defendem os
territórios que sobraram de seus terrenos levados pelas águas. Ou pitbulls, em muitos
casos, desesperados como gatinhos dóceis de tanto pavor e fome, presos em correntes
ainda.
Cães e gatos já começam a comer os cadáveres, que fazer? Quando são resgatados
vomitam nos carros odores inimagináveis de carme em putrefação.
Meu pedido de hoje?
Que se lembrem que estamos nos nossos "15 minutos de lama", mas que isto vai passar e, como em todas as outras tragédias, a memória vai esvanecer e o coração se acostumar a estas emoções. 
Mas que nos abrigos os cães continuarão a ter que ser alimentados por meses a fio, e talvez para sempre. Algusn são idosos, outros paralíticos e muitos deles não encontrarão novos donos. Alguns, se vê claramente, tinham bons donos, estão até beeeem gordinhos, mas muito provavelmente estes donos morreram. Muitos deles tentando salvar seus animais. 
Muitos animais morreram não querendo sair de perto de
seus donos em desespero.
Nossa amiga e protetora Adriana Figueira e sua amiga Graça foram levadas com sua
cadela, a Marrom, que esteve em minha casa e que era uam linda e muito divertida
"doidona do bem", pela força das águas.
Adriana e Graça afundaram e emergiram inúmeras vezes tentando se agarrar a qualquer
coisa que as mãos tocassem, saíram das águas muito, muito machucadas e com as
roupas arrancadas pela força da água, inteiramente nuas. A Marrom? *Ai...*, querida
Marrom, querida Marrom, é difícil acreditar que possa ter se salvado. Eles não têm com
o que se agarrar, raras são as pessoas que tentam salvá-los quando existem tantos
humanos para serem salvos ainda.
Os bancos não abrem, o comércio abre apenas uma porta, mas os jornais chegaram
desde ontem. Correio ainda não, lixo idem. Estas equipes devem estar todas mobilizadas
em mutirões de ajuda às localidades caóticas. Mas quem reclama? Estão certos. Alguém sabe de alguma palavra que venha depois de caótica para definir a situação? É que parece que caótico já perdeu a definição por aqui...
E eu tenho o firme propósito de nunca mais reclamar da Ampla! Na nossa estrada os
postes estavam abaixo, seu concreto esmigalhado peos troncos de árvores muito
maiores do que eles. Os fios de alta tensão todos partidos, ou tracionando todos os
outros postes em cadeia, inclinados perigosamente em direção ao asfalto.
É por esta estrada que caminhamos todos os dias e que supomos que iria levar
meeeeeses para que o serviço fosse restaurado. Mas o DNIT limpou a estrada
trabalhando como,loja de conveniêncioa, 24 horas em funcionamento. A Ampla, que
recebeu apoio da Light, na sexta feira à tardinha já tinha colocado novos postes, refeito
as ligações e restabelecido nossa luz. Agora a luz vem e volta, mas isto é o de menos, o tempo anda instável e a gente compreende todas as dificuldades deles também. Estes trabalhadores deixaram suas famílias e deixaram de reconstruir suas casas para nos ajudar a reconstruir nossas vidas. Vieram de Petrópolis, do Rio, de todo lado. Estes trabalhadores nos relatavam estar 72 horas sem dormir, sem notícias das famílias,esgotados. 
Mas nunca diziam estamos parando. Alguém sabe uma definição acima de

altruísmo, abnegação, generosidade, dedicação?
Amanhã vou me colocar nas filas, tentar ir ao banco, tomar minha vacina contra
hepatite, contratar gente para refazer as cercas. Vou ouvir muitas estórias que não
desejaria ouvir, mas aspessoas precisam falar. Assim como eu estou fazendo com vocês nestes momentos.
Organizando os pedidos :
Doem. Qualquer coisa. O que sentirem mais afinidade para ajudar.
Adotem animais, ou os saudáveis que já haviam sido resgatados, ou os que acabam de chegar.
Programem-se para continuar alimentando os cães depois que a nossa fama der lugar a outros assuntos. As pessoas terão verbas do governo, mesmo que precárias e
desorganizadas.
Um beijo de domingo,

Luiza
Abaixo vai o mesmo relato inicial, que nos dias passados eu fui apenas
complementando com alguns fatos ao longo dos dias, releiam se quiserem. E perdoem
os erros de digitação, este teclado e eu temos alguma incompatibilidade informática.
A todos os amigos que se preocuparam,
Todo os cães e eu estamos bem.
Estamos sem luz, sem telefone, internet, sem água (que foi cortada pelo risco de
contaminação dos corpos dentro dos rios), poupando bateria de celular.
Entre minha casa e a primeira curva havia 7 barreiras e deslizamentos, mas hoje a
estrada já foi liberada para moradores e consegui fazer chegar a ração que havia faltado.
Todos os moradores do meu condomínio deixaram suas casas a pé, a água subiu a uns 2
metros para dentro do condomínio e duas casas que ficavam mais baixas, perto do rio
foram varridas com perda de tudo dentro (uma está inteiramente rachada).
Eu fiquei aqui "com os ratinhos do navio".
Minha casa não tem mais cercas pela ação da água e os cães estão presos em um local menor e não entendendo o porquê de não serem soltos.
De hoje para amanhã perto de mim as coisas devem melhorar, talvez com luz e, daí,com celular.
Vim até uma lanhouse para escrever a todos os que foram maravilhosamente incríveis
procurando notícias e oferecendo ajuda.
A primeira melhor ajuda que cada um poderá dar é adotar os cães das protetoras de
Teresópolis, para que possamos abrir espaço para os que teremos que resgatar. Nem
todas as protetoras do estado dariam conta do sofrimento que sei que não vou conseguir descrever para vocês.
A segunda ajuda será certamente financeira, porque estes cães estão paralíticos,
fraturados, sendo comidos por bicheiras dos ferimentos e começando a ser apedrejados pela população com medo de doenças ao vê-los em estado desesperador e começando a se atacar entre eles por fome.
Vagam pelas ruas em desamparo sem socorro.
Sinto tanto por estar fornecendo o número da minha conta, e nem tenho ideia do aport

financeiro que será necessário.
Tomara que eu consiga organização suficiente para prestar contas do que foi doado e
gasto, mas a esta altura muitas das protetoras agirão sozinhas, muitas estão isoladas e não teremos ajuda para dar conta de cães e contas.
A cidade é o Haiti, nas regiões mais afetadas o cheiro está insuportável, os corpos
chegam em caminhões baú, 60, 80 de uma vez. Ou levados pelos moradores que ainda
têm carro, em pickups, caminhonetes, fuscas. Não se conseguiu fazer uma contagem
oficial, os que foram computados são apenas os que foram reconhecidos. Pessoas
passam boiando pelos rios.
Pelas ruas os corpos estão amontodos, ou sob escombros que máquina nenhuma
conseguirá retirar. Começam-se a encontrar pés, braços.
Os animais ficaram para trás em casas trancadas, sem comida ou água, ou no alto das
ribanceiras despencadas, andando de um lado para outro em desespero, sem conseguir descer.
Os poucos moradores que deixam suas casas arrastando animais desesperados chegam
no local onde são recolhidos pela Defesa Civil para decobrir que não poderão levar seus animais para os abrigos. São então abandonados às dezenas neste local.
Tem chovido intermitentemente, mas não forte, mas as próximas previsões são
assustadoras.
Os bairros onde sobraram casas em pé serão totalmente evacuados por conta do risco de rompimento da barragem do rio mais afetado. Mais animais estarão sem socorro de qualquer espécie.
Não tenho ideia de como será possível para cada um de nós andar pelas ruas sem podersocorrer a todos.
Ao lado de minha casa é o sítio por onde as pessoas cruzavam o rio para chegar ao outro lado do asfalto, fugindo das catástrofes.
Era como um êxodo de guerra, helicópteros de todas as cores cruzando os céus às
dezenas, sirenes a noite inteira, levas de pessoas, sempre em silêncio absoluto, adultos carregando suas crianças e seus bebês, homens vergados sob o peso do que era possível carregar nas costas.
Todos de cenhos franzidos, idosos em passos arrastados, todos com estórias para contar de terrores inimagináveis.
Doem, por favor doem. Qualquer coisa, ou de tudo um pouco.
Faltam, além de todo o básico óbvio na cidade, velas, fósforos, pilhas de todos os
tamanhos, lanternas, pasta de dente, fraldas, absorventes femininos, medicamentos, A
prefeitura se mobilizou e comprou todo o estoque das farmácias, que, mesmo assim não
dá conta, então faltam medicamentos para as equipes de resgate e para os moradores.
Roupas já nem são tão necessárias, nem cobertores, mas lençóis, fronhas e travesseriossim.
O mais necessário é água, muita água, muita água, muita água. Nas casas cujas caixas
d'água ainda retêm alguma água, ela tem que ser fervida para diminuir o risco de
doenças.
Já existem casos de leptospirose e de tétano, e o número vai aumentar exponencialmente
nos próximos dias. A população de ratos nem se esconde mais nestes locais mais
atingidos, eles fazem parte do cenário de caos.
Nos abrigs improvisados para os animais, além de ração e medicamentos, pede-se
papelão para eles deitarem, potes de sorvete para servir de tigela de ração e água, muito
jornal, e correntes, porque é a única forma de mantê-los todos juntos sem que briguem.
As pessoas que se dirigiram espontaneamente aos abrigos da prefeitura e que foram

acompanhadas em suas caminhadas de dezenas de quilômetros por seus fiéis animais de
estimação tiveram que deixá-los na porta. O centro da cidade está coalhado de cães
desnorteados, cruzando as avenidas que, durante o dia têm o trânsito quase parado de tão lento. O perigo maior para eles é à noite, quando vários são atropelados, andando sem saber para onde estão indo.
A cidade hoje está sendo saqueada, pedestres estão apanhando nas ruas.
Acho que perto de minha casa estarei em segurança, mas em minha primeira saída de
casa já encontrei um cão que se arrastava na estrada e uma mãe e uma filhotinha que
conseguiram não se separar em meio à tragédia. Vamos mendigando lares temporários
para eles, mas os corações já estão ocupados ajudando os humanos.
Em minha casa, lotada de animais e com menos espaço, a lama contaminada já
provocou seu efeito em diarreias e verminoses em meus cães antes saudáveis, Nos
perguntamos como os desnutridos passarão por todas as provações. Caminho pela
cidade com mochila nas costas lotada com mais de 5 kg de ração atualmente, tentando aliviar o sofrimento de todos os que não posso ajudar.
O outro lado desta estória é o trabalho incansável e incessante das equipes de todas as procedências, trabalhando madrugadas adentro sem cessar, no breu, na chuva, no risco,nos deslizamentos. São os que liberam estradas, recolocam postes, levam e buscam moradores, doações, resgatam, tratam, socorrem. Nem tem mais cara de trabalho, mas de uma missão em que ninguém para enquanto não estiver concluída.
São repórteres chorando em frente às câmeras por não suportar a visão do que é
indescritível.
Soube agora na lanhouse que caíram mais barreiras na minha estrada, não sei se consigo
voltar para casa, mas vou tentar pela mata para não deixar mais alguns desassistidos.
Afinal um querido escritor não disse que "somos eternamente responsáveis por aquilo
que cativamos"?
Vou tentando dar notícias nos próximos dias. O céu está bem carregado hoje.
Minha conta vai abaixo, mesmo que eu não tenha acesso a banco atualmente.
Já ficam aqui meus agradecimentos, porque não sei se conseguirei retornar a cada um devocês individualmente para agradecer devidamente.
Bradesco
Ag 2801
Cc 5177-2
Meu beijo a vocês, meu obrigada pelo que já fizeram, minha emoção pelo que ainda vão fazer,
Luiza
--
Luiza Pinheiro
(21) 8410 8606
luizapin@gmail.com
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